quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A ORIGEM DO GAÚCHO



A ORIGEM DO GAÚCHO 



O gaúcho é o nome dado aos nascidos no Rio Grande do Sul, ao tipo característico da campanha, ao homem que vive no campo, na região dos pampas. Até a metade do século XIX, o termo gaúcho era usado de forma pejorativa, sendo dirigido aos aventureiros, ladrões de gado e malfeitores que viviam nos campos. 
Resultado da miscigenação entre o índio, o espanhol e o português, o gaúcho, por viver no campo cuidando do gado, adquiriu habilidades de cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira, aspectos que perfazem a tradição gaúcha. Sem patrão e sem lei, o gaúcho foi, inicialmente, nômade. Com o passar dos tempos, a partir do estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, foram alterados os seus costumes, tanto no trajar quanto na alimentação. Mais tarde, já integrado à sociedade rural como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias. 
Atuando como instrumento de fixação portuguesa no Brasil Meridional, o gaúcho contribuiu para a defesa das fronteiras com as Regiões Platinas, participando ativamente da vida política do país. A partir disso, o reconhecimento de sua habilidade campeira e de sua bravura na guerra fizeram com que o termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa. Após a Revolução Farroupilha, o gaúcho passou a ser considerado sinônimo de homem digno, bravo, destemido e patriota. 
O gaúcho é definido pela literatura como um indivíduo altivo, irreverente e guerreiro. Às suas raízes, somaram-se as culturas negra, alemã e italiana, e de tantos outros povos que vieram construir, no Rio Grande do Sul, uma vida melhor. 
O povo gaúcho valoriza muito sua história e costuma exaltar a coragem e a bravura de seus antepassados, expressando, por meio de suas tradições, seu apego à terra e seu amor à liberdade.



Aprenda Danças


Ensino da Dança do Fandango

Para que um aprendizado seja completo, além de termos um conhecimento geral sobre as danças que vamos ensinar (coreografia e história), devemos nos preocupar também com um modelo didático, para que todos possam sair satisfeitos e enriquecidos desta aula de dança.
Partindo sempre do princípio de que as pessoas que procuram um curso de danças não sabem nada sobre ritmo, coreografia, posturas ou usos e costumes da tradição gaúcha, devemos iniciar os cursos ou aulas pelo mais básico, separando o ensino em 3 partes:

1) Coreografia: ou seja, o número de passos que cada pessoa deve dar para a frente, para o lado ou para trás, trabalho que pode ser feito com música ou sem esta, com o par ou sem este.
2) Ritmo: isto é, além de executar corretamente a coreografia, esta deve estar dentro do ritmo. Ensinaremos, primeiro, quais os instrumentos que num grupo musical nos mostram o ritmo, como a percussão ou contrabaixo; segundo lugar treinamos a marcação que deve ser feita de acordo com a música. O aluno que não sabe diferenciar os ritmos, normalmente, quando em um salão olha para os outros pares que estão dançando, copia-os, nunca tendo certeza se estes estão dançando corretamente.
3) Posturas: pois cada dança tem sua própria postura. Da mesma forma que um sambista certamente não tem a mesma postura de um dançarino de tango, assim também, nas danças de fandango o dançarino nunca perde a altivez do povo gaúcho, devendo aprender a maneira de conduzir a dama e de colocar-se frente ao par, a evolução no salão e o respeito não somente para com seu par, mas também para com todos os demais que participam do baile. Tudo isso é importe e também faz parte da postura.
Para que um aprendizado da dança tenha maior eficácia, o educador deve buscar que seu aluno aprenda tudo o que for possível sobre esta. O aluno que aprende bem e de forma agradável, sai dali satisfeito, sendo ele próprio o grande propagandista destas aulas, pois além de as recomendar aos seus amigos, ele mesmo, com seu bom desempenho, é uma indicação eloqüente do bom trabalho realizado por aquele educador. O bom educador é aquele que busca sua realização pessoal no aprendizado do seu aluno. E, quando esse se torna tão bom, ou melhor, que seu professor, a satisfação deste será certamente muito maior.
A relação educador/educando deve ser premiada por uma cumplicidade, porque no ensino 50% são responsabilidade direta do professor, mas ou outros 50% são responsabilidade do aluno que tiver predisposição para aprender. Caso contrário não adianta nem deslocar-se para uma aula. No momento em que ele pensar “não vou aprender” ou “quero ver este professor me fazer dançar alguma coisa”, realmente está se fechando para qualquer aprendizado.
Podemos conseguir um ensino completo desde que tudo o que foi dito seja devidamente posto em prática, pois, qualquer que seja o objetivo – digitar, jogar, dançar, etc. Devemos sempre treinar pois é a repetição que traz a melhora na dança como um todo: ritmo, postura e coreografia.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Musicas Gaúchas

Movimento Tradicionalista Gaúcho
O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) é uma entidade cívica, sem fins lucrativos, associativa, dedicada à preservação, resgate e desenvolvimento da cultura gaúcha. Compreende que o tradicionalismo é um organismo social de natureza nativista, cívica, cultural, literária, artística e folclórica.
O Movimento Tradicionalista Gaúcho encontra-se presente nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Planalto Central (FTG-PC), Rio de Janeiro, Mato Grosso, Amazônia Ocidental, Estados no nordeste (UTGN) e São Paulo, onde promove, junto aos CTGs, eventos como os No Rio Grande do Sul, o MTG foi fundado em 2 7 de novembro de 1967. No Estado, atualmente, são mais de 1400 entidades filiadas ao Movimento Tradicionalista Gaúcho, distribuídas em 30 Regiões Tradicionalistas (RT), que abrangem a totalidade dos 500 municípios sul-riograndenses.
No VIII Congresso Tradicionalista, realizado entre 20 e 23 de julho de 1961, no CTG "O Fogão Gaúcho", em Taquara, foi aprovada a Carta de Princípios do Movimento Tradicionalista Gaúcho.
Concursos de Prendas, de Peão, Palestras e Cavalgadas, além da Semana Farroupilha, que comemora o 20 de setembro, Dia do Gaúcho.


Estilos de musicas.


Anu

Dança típica do fandango gaúcho, o anu foi dança predileta do gaúcho Sul-Rio-Grandense, em meados do século passado. A parti daí se amoldou às características desta nova geração coreográfica, com nítida influência das danças platinas sob comando. É legítima dança de pares soltos, mas não independentes.

 Balaio
O balaio é brasileiro da gema e procede do Nordeste. O balaio guarda nitidamente a feição de nossos velhos lundus que criaram, no Nordeste do Brasil, o baião ou baiano. O nome “balaio” origina-se do aspecto de cesto que moças dão as suas saias, quando o cantador diz: “moça que não tem balaio, bota a costura no chão”. Trata-se de dança sapateada e, ao mesmo tempo, dança de conjunto.


 Bugio


Este ritmo puramente gaúcho, rude como animal das indomáveis querências, brotou da gaita 48 baixos de Neneca Gomes – Wencelau da Silva Gomes – nas serras de Mato Grande, 5.º distrito de São Francisco de Assis, o umbigo Rio Grande do Sul, como denominava Getúlio Vargas esta região. Muito popular nestes pagos por suas habilidades musicais, Neneca Gomes procurou imitar o ronco do Bugio por volta de 1928, tendo em seguida chegado numa espécie de canto cadenciado que levou o nome de “os Três Bugios”, em homenagens a estes bichos domesticados que tinha em casa. A música muito popular entre os gaiteiros da região missioneira de São Francisco de Assis, Santiago. Bossoroca, Jaguarí e São Borja, ganhou impulso e notoriedade maior a partir dos estudos musicais realizados por Paixão Cortes e Barbosa Lessa e, posteriormente, com a gravação dos irmãos Bertussi e um pouco mais tarde a divulgação feita pelo músico Leonardo. O Bugio é uma composição de notas retratando a vida simples da campanha onde a dança permanece muito cultuada embora a música tenha ganho as cidades. “O Bugio é cantado em diversas facetas. Em momentos representa o piá arteiro, peão destemido, moço faceiro etc. Noutra o próprio animal, numa defesa e valorização ecológica da fauna gaúcha.


 Cana-Verde


A “Cana-verde” chegou de Portugal, e se tornou popular em vários estados brasileiros. Naturalmente foi adquirida cores locais, em cada região e dessa forma produzindo variantes da dança-origem. A coreografia foi a mais difundida no nordeste e litoral do Rio Grande do Sul.


 Chimarrita ou Chamarrita


Com os nomes de Chama-Rita, foi introduzida pelos colonos açorianos ao inicio da formação do Riu Grande do Sul. Desde a sua chegada, a “chamarrita’” foi-se amoldando às subseqüentes gerações coreográficas. Do Rio Grande do Sul (e de Santa Catarina), a dança passou ao Paraná, ao Estado de São Paulo, bem como às províncias argentinas de Corrientes e Entre-Rios, onde ainda hoje são populares as variantes “Chamarrita e Chamamê”.


 Chote de duas damas


Bonita variante do chote, em que o homem dança com duas damas simultaneamente. Essa presença de duas mulheres não é raridade: antigas danças germânicas também foram assim, os platinos tiveram o “palito”, e na cidade de São Paulo dançou-se da década de 20 um “chote militar” com duas damas. Não necessita de melodia específica, dança-se ao som de um chote comum. Por nós é dançada com partitura de “Chote Laranjeira”.


 Chote Inglês 


Dança de salão difundido nas cidades brasileiras ao final do século XIX. Suas melodias, excutadas ao piano nos centros urbanos, chegaram a ser conhecidas no meio rural. Registramos algumas variantes de chote inglês em várias regiões do Rio Grande do Sul.


Chula


Um dos mais importantes livros-de-viagem referente ao Estado do Rio Grande do Sul – a “Notícia Descrita da Província do Rio Grande de São Pedro do Sul,” escrita por Nicolau Dreys em 1817 e publicada em 1839 - foi acentuado por uma passagem da obra, em que o viajante nos fala que a sociedade dos gaúchos era uma sociedade sem mulheres. Naquela época, “gaúcho” era um termo pejorativo indígena, homem sem lar e sem querência – bem distinto do campeiro das estâncias, apegado à terra e à família. O tempo passa-se em jogar, tocar ou escutar uma guitarra n’ alguma pulperia, e às vezes, dançando chula, sem a participação de mulheres, enfim a chula é dança de agilidade masculina ou de habilidade sapateadora, em que os executantes demonstram suas qualidades individuais.


 Dança dos Facões


Danças de esgrima, em que, ao invés de porretes ou bastões, se usam espadas ou facas de verdade, são registradas na Ásia, na Europa Oriental, na África muçulmana, em regiões onde se encontram aglomerados predominantemente masculinas. Cada dançarino mune-se de dois facões, afiados, e as evoluções exigem destreza, acuidade, reflexos rápidos.


 Malambo


Tradicional sapateado argentino, executado apenas por homens. Do folclore o malambo passou ao teatro tradicionalista argentino e hoje foi incorporado, com muito entusiasmo às festas típicas dos tradicionalistas uruguaios e sul-riograndeses. Além de uma melodia tradicional, inconfundível, há várias melodias de malambo criadas por eméritos compositores platinos, dando oportunidade ao surgimento de notáveis criações coreográficas, artísticas, onde os dançarinos fazem malabarismo com base no tema folclórico original.



Maçanico


Com o nome “Maçanico” surgiu no Estado de Santa Catarina e daí passou ao nordeste e litoral do Rio Grande do Sul. É uma de nossas danças mais animadas. O nome maçanico é corruptela de maçanico, ave das lagoas.



Pau-de-fitas


Nenhuma dança, como o “Pau-de-fitas”, pode merecer, com tamanha propriedade, o nome “dança universal”, e é de todo infrutífero, ao pesquisador, tentar buscar-lhe o ponto geográfico de origem, pois a “dança das fitas” parece surgir de todos os lados e em todos os povos. A tese mais acertada é a do folclore argentino Carlos Veja que vê na “dança das fitas” uma sobrevivência das solenidades de cultura às árvores, tão disseminada entre os povos primitivos.



 Pericóm


Como reflexo do que ocorrera em Paris e em toda América, surgiu no Prata, na primeira dança de um conjunto chamada “Pericom”. Da província de Entre-rios e a Banda da Oriental do Uruguai o ”Pericom” passou à campanha do Rio Grande do Sul. Na fronteira entre o Brasil e o Uruguai.



 Pezinho


O “Pézinho” constitui uma das mais simples e ao mesmo tempo uma das mais belas danças gaúchas. Como dança e como elemento de festas, foi e é ainda muito popular em Portugal e nos Açores, veio a gozar de intensa popularidade no litoral dos estados brasileiros de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.



 Ratoeira


Dança em formação de roda, aparentada com as cirandas, que se difundiu nas áreas de cultura açoriana do Estado de Santa Catarina. No Rio Grande do Sul sua presença foi assinalada apenas no litoral-norte e planalto de Vacaria



Rilo


Paris importou juntamente com as contradanças uma dança da Escócia chamada ‘reel’ em formação de roda e utilizando a figura do 8, com o nome ’ril’ a dança foi apreciada nos salões brasileiros em meados do século passado e daí chegou aos meios rurais rio-grandenses, onde a denominação foi aportuguesada para ‘rilo’.



 Roseira


Uma das danças regionais sul-rio-grandenses onde se percebe maior parentesco com danças regionais de Portugal, numa confirmação de tese do foco de origem comum. A coreografia e a música foram colhidas péla Invernada Artística do “35”, através do seu “peão” Antonio Carlos.



Sarrabalho


É uma das danças gaúchas mais características da geração coreográfica de pares soltos, com o homem parecendo perseguir à mulher, ambos castanholando com os dedos, forte sapateado, tudo de acordo com a longínqua origem ibérica.



 Tatu


Nos primeiros tempos, o “tatu”, como legítima dança do fandango, consistia num sapateado pelos pares soltos, sem maiores características. Posteriormente, o “tatu” sofreu a intromissão, em sua coreografia, da “Volta-no-Meio” – uma dança que tornou popular no Brasil em meados do século passado.



Tatu Novo


Em 1954, quando da visita de Porto Alegre da Sociedade Crioulla El Pericón, de Montevidéu, foi prestada uma homenagem aos visitantes com uma dança nova, deliberamente montada pelo CTG “35” para assinalar aquele grato encontro. Trata-se de uma adaptação à música do “Anuário”, com base do antigo sapateado à gaúcha. Essa criação coreográfica tornou a ser apresentada posteriormente, por outros grupos, e ganhou nos círculos tradicionais o nome de tatu “novo”.



 Tirana do Lenço


A “tirana” foi uma das danças espanholas mais difundida na América Latina. Afirma-se que a “tirana” nasceu em Madri, em 1773, lançada pela cantora Maria Rosário Fernandez, esposa de um ator cognominado “El Tirano”.



 Caranguejo


Diz Oneyda Alveranga que o “caranguejo foi popular no país todo e sobre ele há referência desde o século XIX. É dança grave, de pares dependentes, lembrando uma muito possível origem no minueto. No Rio Grande do Sul o primeiro registro musical foi feito por Alcides Cruz, para o “Anuário do Rio Grande do Sul”, de 1903.



Rancheira


É uma versão da mazurca, muito divulgada no séc. XIX em toda a comunidade européia. Este ritmo é também muito conhecido no sul da Argentina como ranchera ou, inicialmente, “mazurca de rancho”.
No Rio Grande do Sul, segundo Paixão Cortes e Babosa Lessa, a divulgação deste ritmo se deu em maior escala com o aparecimento do rádio, sendo uma versão regional da mazurca polonesa. Sua coreografia é executada de três maneiras: primeiro como uma espécie de valsa, típica da fronteira; depois, à maneira serrana, a rancheira sendo dançada com maior vitalidade, com forte marcação na primeira batida; finalmente, ela é dançada no litoral, onde sua forma mais usada é a marchadinha, ou seja, com passos duplos de terol (segundo Paixão Cortes e Barbosa Lessa são passos duplos de marcha), onde o homem empurra e puxa a mulher e onde o par se segura nos cotovelos, como a Chimarrita Balão (dança do folclore gaúcho).
Na primeira maneira de dançar, ou seja, na rancheira da fronteira, a marcação é como valsa, ma com a diferença de que é feita uma forte marcação no primeiro passo, no tempo mais forte da música, maneira esta mais utilizada na fronteira do Estado. A segunda é a rancheira serrana, cujo passo é executado saindo do chão, com vitalidade e sendo mais pulada, mas mantendo os passos da primeira. A diferença está na execução. A terceira marcação possível é a de utilizar sua coreografia é de forma puladinha ou marchadinha, como a utilizada no litoral do Rio Grande do Sul.



Chimarrita-Balão


A “Chimarrita-Balão” é conhecida somente no litoral-norte e planalto-do-nordeste do Rio Grande do Sul. “Balão” foi uma dança bastante vulgarizada em Portugal no Século passado, e teve, no Brasil, variantes como ‘Balão-Faceiro”. Não encontramos, a não ser na denominação, a mínima semelhança entre a “Chimarrita-Balão” e a tradicional “Chimarrita”.



Chamamê


Ritmo originário da Argentina, a difusão deste gênero de música na década de 40 se deve em princípio às gravadoras de Buenos Aires e advento do rádio.
No Rio Grande do Sul a entrada deste ritmo se deve em muito a proximidade do Brasil e suas fronteiras com países como a Argentina e o Uruguai. Outros gêneros de músicas como a Milonga, o Tango e o Bolero tiveram e ainda têm influência direta na história da formação musical do Rio Grande do Sul. Assim também o chamamê teve sua influência na cultura musical do Estado, principalmente nos últimos vinte anos; foi um dos que mais se popularizou, fazendo hoje parte de todo tipo de encontro onde houver música regional.
O chamamê dançado por argentinos ou uruguaianos, em que a marcação também é ternária, assemelha-se à marcação da valsa, nada tem a ver com as loucuras feitas hoje em dia nos nossos bailes, onde acabaram inventando o chamachote ou choteme e, depois, na hora de dançar um chote, caminham como se fosse um chamamê.
Opções para figuras ou variações dentro do chamamê, seriam algumas figuras de tango, que, mesmo antes de fazerem parte do tango, já ilustravam as polcas, chamamês e milongas. Vale dizer aqui rapidamente sobre o por quê motivo falo do tango: é que este surgiu primeiro como dança, mas depois se casou com o ritmo do tango andaluz que chegou a região dos pampas. Antes os passos, que depois virão a casar com o ritmo aprendido nos camdombes, eram dançados pelos compadritos em ritmos da sociedade de então, entre estes o chamamê.



 Valsa


Walsem (em alemão= andar, peregrinar ou dar voltas). Daí provém o nome valsa. A dança surgiu do antigo minueto, claro que com forte influência de ritmos nacionais da Áustria como Leander e o Deustscher, Tanz sendo a primeira dança de salão de pares enlaçados firmemente. Nas primeiras notícias sobre valsa, temos menção de apresentações datadas de 1660 em Viena, difundindo-se no ínicio do século passado para a França e a Inglaterra. Sendo esta dança tocada em compasso ternário allegro, sempre com diversas partes.



 Vanera


Origina-se da habanera, que é um ritmo, cubano de danças e canções, nome este dado em referência a esta capital Havana (La Habana).
Seu compasso é binário, de moderado a lento ritmo que foi se popularizar no século XIX e foi muito utilizado por compositores espanhóis e franceses.
No Brasil, influenciou não somente ritmos do Rio Grande do Sul, mas também outros, como o samba-canção.
No Rio Grande do Sul, a nossa vanera adotou nomenclaturas diversas, como vaneirinha, vanerão ou, ainda, limpa-banco.
Dançada assim, com marcação 2 e 2, nos salões do Rio Grande do Sul, dançada puladinha (no que lembra o passo do Bugio) ou arrastada, esta marcação é feita em qualquer direção.
O homem inicia com o pé esquerdo indo em diagonal; logo depois, o segundo passo é dado para frente. Entre estes dois movimentos, o outro pé desloca-se levemente em um pequeno arrastar.
Os pés partem da posição inicial já indicada nos fundamentos da postura, sendo que os primeiros passos são feitos como se quiséssemos formar um horário de dez para as duas.



 Milonga


É um ritmo argentino, mas de origem africana e que surgiu no fim séc. XIX. Inicialmente era considerada vulgar. Seu nome provém do dialeto angolano quimbundo e significa palavra. Foi esse nome que o povo deu ao canto dos payadores. Nascida nos arredores de Buenos Aires, alguns autores ainda alegam que teria surgido a partir da mazurca.
A milonga foi introduzida no Rio Grande do Sul inicialmente na fronteira, ao som do violão, o acompanhamento predileto dos declamadores gaúchos.
A milonga no Rio Grande do Sul é dançada com a marcação de 2 e 1, duas marcações feitas com uma perna e a outra fazendo deslocamento com um passo para frente ou para trás.

            




Letras de Musicas 

Pézinho

Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho
O teu pezinho bem juntinho com o meu
Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho
O teu pezinho, o teu pezinho ao pé do meu
 
E depois não vá dizer
Que você já me esqueceu
E depois não vá dizer
Que você já se arrependeu

Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho
O teu pezinho bem juntinho com o meu
Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho
O teu pezinho, o teu pezinho ao pé do meu

E depois não vá dizer
Que você já me esqueceu
E depois não vá dizer
Que você já se arrependeu

Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho
O teu pezinho bem juntinho com o meu
Ai bota aqui, ai bota ali o teu pezinho
O teu pezinho, o teu pezinho ao pé do meu

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Anu  
     
Gaúcha é a querência dos gaúchos Gaúcha, companheira mãe mulher É a flor campeira que caiu da corticeira Foi rio abaixo e se emredou nos aguapés. É a vastidão de campo aberto num céu azul Que aqui
no sul em poesia se retrata É a lua cheia confidente dos amantes Que elegante a cada quarto veste prata. Gaúcha é a Santa Aparecida protetora dos ginetes Gaúcho, que das esporas fazem glórias e devoção Campeira ciência da doma pela boca dos cavalos Cana de rédea serena e firme na mão É a verdadeira tradição deste meu pago É cuia de mate amargo cevando a paz no galpão É uma cantiga que brota feito uma prece Quando o silêncio emudece para escutar um violão. Gaúcha é uma gineteada num xucro mandando lombo É uma polvadeira de um tombo que é o resultado de um pialo É a estrela Dalva ponteando a barra do dia É a lida das Sesmarias que acorda o canto dos galos. É a fronteira do Rio Grande um sentimento Que no momento é o que me chama e o que me pucha É esta vida que o meu povo tem na estampa E com certeza esta pampa cada vez bem mais gaúcha.
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Chimarrita:

   

A Chimarrita-Balão, ai! Não é pra todos dançar. (bis) É pra quem tem o pé leve, ai meu bem! Pra quem sabe sapatear. (bis) Atirei na saracura, ai! matei o saracurão. (bis) E a saracura voou, ai meu bem! Foi parar no lagoão. (bis)
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